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segunda-feira, 4 de março de 2013


Socorro, tem lição de casa!

Quem diria: a tarefa que as crianças trazem na mochila aterroriza muitos pais por aí. Mas quando família e escola se tornam parceiros nessa missão, quem ganha são os nossos filhos.

Dos traumas e aprendizados que nós, os pais, passamos em relação à escola dos nossos filhos, o fantasma da lição de casa é um dos principais para os que chegaram na faixa dos 8 anos. Tarefa, interpretação de texto, contas e leitura obrigatória são o equivalente ao que passam os pais de primeira viagem em relação a desfralde, chupeta, papinha e adaptação à primeira professora.

O principal problema da lição de casa é exatamente esse: ser lição para ser feita em casa. Problema para os pais, que piram. Problema para as crianças, que não aproveitam o aprendizado. Problema pra escola, que encontra resistência de pais e filhos em relação ao tema. O cenário não é muito animador, já que de um lado temos pais cansados de um longo turno de trabalho, impacientes e culpados ao mesmo tempo; e do outro lado, crianças às vezes igualmente cansadas de uma superjornada de atividades, mas sempre excitadas quando se trata de estar em casa, pra brincar e desfrutar a atenção dos pais. A escola, muitas vezes por imposição do mercado, passa a oferecer “assistência” à lição de casa como atividade extracurricular, e as crianças, entre resignadas e aborrecidas, aumentam sua jornada na sala de aula para dar conta do recado.


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