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sexta-feira, 6 de setembro de 2013


‘Botar a mão no fogo’ nasceu de uma tortura medieval

Ronald Lacey em “Os caçadores da arca perdida”
“De onde veio a expressão ‘botar a mão no fogo por alguém’? Acho estranha, considerando que quem bota a mão no fogo vai sempre se queimar.” (Antonia Marinho)
O grande pesquisador da cultura brasileira Luís da Câmara Cascudo (1898-1986) liga a expressão “botar a mão no fogo” a uma tortura medieval – ou não propriamente uma tortura, em sua intenção declarada, mas uma prova a que se submetiam os réus, embora o resultado terminasse sendo o mesmo.
Passo a palavra a Câmara Cascudo, em seu livro “Locuções tradicionais do Brasil”:
Quem alegava inocência submetia-se a pegar numa barra de ferro aquecida ao rubro e caminhar com ela na mão por alguns metros. Envolvia-se a mão em estopa, selada com cera, e três dias depois abria-se a atadura. Se a mão estivesse ilesa, sem sinal de queimadura, era evidente e provada a inocência. Se tivesse queimadura, provada estava a culpabilidade e era imediata a punição pela forca.

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