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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Fernando Pessoa

Oscar D'Ambrosio*

Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Considerado pelo prestigiado crítico literário Harold Bloom um escritor que deixou uma obra que constitui um  “legado da língua portuguesa ao mundo”, o poeta luso Fernando Pessoa (1888-1935) tem como característica fundamental o desdobramento em múltiplas personalidades, num processo que o levou a definir-se como “drama em gente”.
Esse teatro humano é formado principalmente por três heterônimos (Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro), personalidades poéticas completas, ou seja, identidades que ganham manifestações artísticas próprias e diversas do autor original. Campos e Caeiro possuem até data de nascimento e o fato de Ricardo Reis não ter um dia de morte, motivou José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura, a escrever, em 1984, O ano da morte de Ricardo Reis, obra em que o fantasma de um já morto Pessoa dialoga com o heterônimo, que teria sobrevivido ao seu criador.

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